Mártir (do grego μάρτυς, martys, "testemunha").


             "Esteemed instructor fashion mouth to display frown. Rotate face to one side, then other side, repeat to make head meaning “no.” 
              Acclaimed instructor say, every today must human follow example given from deity. Action of mercy, say instructor, an insult to eye of deity. Say deity no display such mercy. Say operative acting mercy place self on top, standing on top head of deity. Envision self possess more wisdom deity. 
                 Esteemed instructor say top deity ordains all living creation suffer-wasted disease or screaming wearing covered blood-then must some today all to die. Only tragedy if suffer and die during innocent. No sin, no crime, then extinction not earned. Such waste an affront to deity. 
               “Because all suffer then die,” say instructor, stroking white fur rodent, “then operatives must earn own some today extinction.” 
              Justify future cruelty acts of deity. Make of deity no sadism, instead vast wisdom judge." (Pygmy, p.41, first edition)



Todos agora são vítimas, ninguém mais quer ser Mártir.




              "Bem, como estava dizendo... custa muito ser autêntica, senhora. E as pessoas não podem ser parcimoniosas com essas coisas... porque você é mais autêntica do que parece e do que sonhou ser." (AGRADO, 1991) - Tudo sobre minha mãe, Almodovar.

              A ideia número três mudará para Celebração. Eu temo escrever algo que fique muito comercial (não que eu vá publicar algo um dia, mas simplesmente não aceito que eu escreva algo que seja apenas para agradar os outros). Tenho dificuldades em definir quais as histórias de cada suicida, que eu monto para que representem áreas diferentes e bem contextualizadas.
              Eu ando todo errado ultimamente, lembrando até de uns cheiros e esses restos de visões que tive. Estaria completamente disposto a me desdobrar para que algo desse certo, mas sei que é unilateral. Por sinal, nunca compreendi as intenções.
              Eu escolhi esse título depois que eu montei o post, e ficou TÃO  bom que eu quero mais. Mas tudo tem me deixado tão culpado, e tem ficado tão chato que só me resta escrever, escrever e escrever.
              Heidegger crê que o suicídio é tirar o sentido da morte. QUE SENTIDO?




               Hoje eu peguei um livro do Walmor Santos e na apresentação haia algo do tipo "a grandeza humana reside na ambivalência barroca: o bem e o mal". OK. Nunca discordei tanto. Existem mais forças paralelas que são tão fodidamente representativas quanto essazinhas, mas como meus pensamentos não valem  um cruzeiro, larguei isso e fui pesquisar significados de palavras, a fim de achar algo que me prendesse, algo que deixei pra trás ao aprendê-las. Comecei com Shlemiel e Shmazel, Iblis/shaitan (que por sinal também tem um outro nome e representa a face feminina de deus, porém má. E daí você acrescenta em suas revisões de literatura que discorrem sobre machismo, gênero e etc.), centerfold (deve ser a dobra central, vai saber...), transfinito, serendipidade (para pesquisas), tétrico (triste)...



               Essa teria nome: Utilidade pública. No entanto eu odeio nomes alienígenas em títulos (tirando o nome das apresentações do CdS (varekai é um ótimo nome))². Em uma narrativa com muitos personagens e elementos, meio Tarantino, eu queria desgastar mais ainda e continuar com a ideia de um grupo, mas que desta vez se reunia para se matar em um ponto turístico de Brasília. Porém o suicídio em grupo seria uma espécie de show, de onde eles poderiam se vingar das pessoas que odiassem, fizessem o que bem entendessem, e com os conflitos concentrados na tensão do público, na ação policial e nas intenções do líder do grupo suicida.
               O passar do tempo se desenvolve através das explicações das histórias que incomodam cada personagem , que devem acabar com finais bem desgostosos. Enquanto eles contam suas histórias em um ponto de reunião ainda não decidido, vão desenvolvendo artesanalmente alguns artigos que serão usados durante o show-suicídio enquanto outros vão atrás das impressões maiores que visam denegrir a reputação dos odiados. Não que todos eles tenham um inimigo ou algo do tipo, mas quem não odeia outro deve odiar a si mesmo dentro desse caso.
               A passagem final, que seria o show, não pode  se delongar, pois o excesso de ficção extrapolaria meus limites em uma apresentação que mal fosse interrompida ou encerrada por alguma intervenção em algum momento.
Apostila 02/05/2012
Personagem 1: A grávida de um estupro quase consentido. A vida amorosa sempre foi uma desgraça, ela nunca deu ouvidos aos conselhos da mãe que sempre salientou a mediocridade dos homens. Essa personagem deve ser esculhambada, pouco atraente. Mostra que já desistiu da vida.
Personagem 2: Um moço que já não sabe mais a quem deve agradar, pois nunca se encontrou como meta da realização dos sonhos e satisfações. Deve ter passado pela namorada, amigos, pais e por fim a filantropia. Sorridente e meticuloso.
Personagem 3: A senhora que quer morrer por não aguentar mais a frustração de uma família cheia de "incapazes e incompetentes". Insistentemente fazendo comentários estúpidos contra a família, além de alguns mais genéricos e preconceituosos.
Personagens 4 e 5: Casal de gêmeos. A garota não aguenta mais ser pobre e mesmo com tanto esforço não conseguir privilégio algum. O garoto, que é gay, fica inconformado com um longo relacionamento virtual que não acabou do jeito romantizado que desejava, o que o enfurece e entristece ao mesmo tempo. 

                O líder quer apenas completar sua arte, transformando-a em algo útil ao justificar os benefícios do suicídio para uma sociedade, além de dar certos avisos. As "performances" vão além do grupo que está no teto do edifício, mas conta com amigos na internet, dentro do prédio e no metrô. 










               Idéias que eu confundia muito com a número 2, trocando seus panos de fundo. Um garoto (meu arrependimento) tem o poder de gerar nas pessoas poderes inúteis (e depois descobri que essa ideia era quase plágio da HQ Hex). Ou pelo menos negativos, e não necessariamente inúteis  como o poder de ferir aqueles que geram ciúmes mas que não são inimigos. 

               Inicialmente o personagem principal deveria morar em um apartamento com o primo que sempre dizia que simpatizava apenas com ele em toda família, e esse primo deveria viver recluso em seu quarto organizado e escuro, de frente pro monitor, quase sempre. Nada rico, vários fatos devem ser movidos pela necessidade e improvisação.
               Intencionalmente, mesmo que forçosamente, eu queria me afastar da saga do herói, pelo menos no decorrer normal da história. O personagem tem que ter um bocado de hábitos, e uma rotina concentrada; não deve dar muita importância pros vizinhos e deve sempre recuperar memórias curtas. Mas também não quero que ele seja um desgraçado retirante com um passado filho-da-puta e muita moral para passar, mas quero sim que seu conflito se inicie na busca da origem do "poder-para-os-outros" (e essa ideia de buscar a origem deve ser mais que um hábito). E ele deve ser bom, não por ser incentivado por religiões ou seitas e blá, ele simplesmente não é intencionalmente mau porque ele não é (na verdade deveria fazer o bem apenas para que saiam da sua frente).
               Quando penso nessa ideia, lembro do David Lynch, Persona 3 (méh, nem é o 4), músicas aguadas como as da Whitney Houston, as cores dos filmes do Balagueró (não estou discutindo que elas são intencionais), vardøger e algumas fotografias mentais que tenho do Plano Piloto.






Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água...(2x)






TITÂNIA - Tudo isso é o ciúme que a inventar vos leva. Desde aquele verão, nunca podemos nos reunir na floresta, pelos prados, nas colinas, nos bosques, junto às fontes em que os juncos vicejam, pelas praias sonorosas do mar, para dançarmos em coro ao som dos ventos sibilantes, sem que em nossa alegria não nos víssemos perturbadas por tuas invectivas. Por isso os ventos, como em represália de em vão nos assobiarem, do mar vasto aspiraram vapores contagiantes, e estes, pelo país se derramando, tanto deixaram túmidos os rios, que as margens inundaram, de orgulhosos. Em vão os bois no jugo se cansaram; perdeu o suor o lavrador; o verde trigo podre ficou antes de a barba juvenil lhe nascer; os currais se acham vazios nas campinas alagadas; cevam-se os corvos no pestoso gado: as quadras de pelota estão desertas e cobertas de lama; quase esfeitos na verde relva os belos labirintos, porque ora já ninguém neles transita. Falta aos homens mortais o frio inverno; com hinos e canções, as noites claras já não são abençoadas como outrora. E assim, a lua, que o mar vasto impera, pálida de rancor, todo o ar deixa úmido, abundando os catarros. Em tamanha desordem vemos as sazões trocadas: do seio brando da virente rosa sacode a geada a cândida cabeça, enquanto sobre o queixo e nos cabelos brancos do velho inverno, por escárnio, brotam grinaldas de botões odoros do agradável estio. A primavera, o estio, o outono procriador, o inverno furioso as vestes habituais trocaram, de forma tal que o mundo, de assombrado, para identificá-los não tem meios. Pois bem; toda essa prole de infortúnios de nossas dissenções, tão-só, provêm; geradores e pais somos de todos.
Sonho De Uma Noite De Verão -William Shakespeare



         A música "Down in the park" que eu conheci pelo Marilyn manson  mas que na verdade é do Gary Numam ainda na banda Tubeaway Army me inspira muito. Muito mesmo. É tipo user friendly no Manson. Ok, ele é um poser babaca. Mas a idéia da reciclagem pessoa não sai da minha cabeça, assim como a discussão de realidade pelo Zizek, futilidade pelo Lipovetsky e pessimismo te odeio  Alain de Botton
         Eu penso em um primeiro cenário onde personagens tomam cerveja em um banco público, e o protagonista se explica, explica superficialmente o conflito que guiará a história, e apresenta dois amigos principais. O Canivete e o Cinco. O canivete seria o faz tudo, um personagem "Ego", eficiente, indiferente de qualquer nível de atratividade  ou heroísmo. O Cinco proveria para o grupo os meios de acesso, por ser extremamente aceito por todos, além da beleza e simpatia - que não é falsa, ele apenas não vê porque utilizar da agressividade. O líder e motorista do grupo seria o personagem-ainda-sem-nome,  que na verdade eu tinha a intenção de terminar a história sem que seu nome fosse dito.
         Mas fico encafifado com o fato do protagonista não ser uma mulher, ou da história não se mover por causa de uma mulher. Chega a me preocupar. 
         Os remendos da história envolveriam a morte da mãe hippie e os conflitos da vivencia e do casamento, o karma que o garoto tem e uma data limite específica para que ele termine "o que tem que ser feito". Questionar até onde é o uso e a amizade (me lembra a discussão sobre patrimonialismo - a falta de limite entre público e particular no Brasil), o que é necessário fazer para que obtenha a consideração necessária e segmentos de mercado.



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