Essa teria nome: Utilidade pública. No entanto eu odeio nomes alienígenas em títulos (tirando o nome das apresentações do CdS (varekai é um ótimo nome))². Em uma narrativa com muitos personagens e elementos, meio Tarantino, eu queria desgastar mais ainda e continuar com a ideia de um grupo, mas que desta vez se reunia para se matar em um ponto turístico de Brasília. Porém o suicídio em grupo seria uma espécie de show, de onde eles poderiam se vingar das pessoas que odiassem, fizessem o que bem entendessem, e com os conflitos concentrados na tensão do público, na ação policial e nas intenções do líder do grupo suicida.
O passar do tempo se desenvolve através das explicações das histórias que incomodam cada personagem , que devem acabar com finais bem desgostosos. Enquanto eles contam suas histórias em um ponto de reunião ainda não decidido, vão desenvolvendo artesanalmente alguns artigos que serão usados durante o show-suicídio enquanto outros vão atrás das impressões maiores que visam denegrir a reputação dos odiados. Não que todos eles tenham um inimigo ou algo do tipo, mas quem não odeia outro deve odiar a si mesmo dentro desse caso.
A passagem final, que seria o show, não pode se delongar, pois o excesso de ficção extrapolaria meus limites em uma apresentação que mal fosse interrompida ou encerrada por alguma intervenção em algum momento.
Apostila 02/05/2012
Personagem 1: A grávida de um estupro quase consentido. A vida amorosa sempre foi uma desgraça, ela nunca deu ouvidos aos conselhos da mãe que sempre salientou a mediocridade dos homens. Essa personagem deve ser esculhambada, pouco atraente. Mostra que já desistiu da vida.
Personagem 2: Um moço que já não sabe mais a quem deve agradar, pois nunca se encontrou como meta da realização dos sonhos e satisfações. Deve ter passado pela namorada, amigos, pais e por fim a filantropia. Sorridente e meticuloso.
Personagem 3: A senhora que quer morrer por não aguentar mais a frustração de uma família cheia de "incapazes e incompetentes". Insistentemente fazendo comentários estúpidos contra a família, além de alguns mais genéricos e preconceituosos.
Personagens 4 e 5: Casal de gêmeos. A garota não aguenta mais ser pobre e mesmo com tanto esforço não conseguir privilégio algum. O garoto, que é gay, fica inconformado com um longo relacionamento virtual que não acabou do jeito romantizado que desejava, o que o enfurece e entristece ao mesmo tempo.
O líder quer apenas completar sua arte, transformando-a em algo útil ao justificar os benefícios do suicídio para uma sociedade, além de dar certos avisos. As "performances" vão além do grupo que está no teto do edifício, mas conta com amigos na internet, dentro do prédio e no metrô.